O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, poderá ir duas vezes ao Congresso para dar explicações sobre sua participação no episódio da quebra do sigilo do caseiro Francenildo Costa. Segundo o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), se for confirmada a audiência na Câmara nesta quinta-feira (20), o ministro poderá ser convocado novamente, para ser ouvido pelos senadores.
Renan lembrou que o Senado não aprovou requerimento para ouvir Thomaz Bastos e ainda debate a possibilidade de uma audiência conjunta com a Câmara. Ele ressalvou, contudo, que há um requerimento do senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) solicitando a ida do ministro ao Senado. Se os líderes na Casa decidirem ouvi-lo em outra audiência, o pedido será colocado em votação.
Reportagem da revista Veja acusou o ministro da Justiça de ter se reunido com o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci no dia 23 de março para intermediar uma reunião entre Palocci e o advogado Arnaldo Malheiros. O objetivo seria articular uma estratégia para encobrir a responsabilidade de Palocci no episódio. Bastos nega qualquer estratégia nesse sentido.
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O nome de Bastos foi envolvido no caso após a confirmação da presença do secretário de Direito Econômico, Daniel Goldberg, na casa de Palocci na noite do dia 16 de março.
O ex-presidente da Caixa Econômica Federal Jorge Mattoso disse ter entregue, naquele dia, o extrato bancário de Francenildo para Palocci. No dia seguinte, os dados da movimentação bancária do caseiro foram publicados pelo blog da revista Época.
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