Dentre os únicos comentários que fez, Assad confirmou que já havia dito tudo que sabe ao Ministério Publico. Afirmou ainda que se encontrou com pelo menos dois parlamentares para discutir emendas orçamentárias: Bispo Renato Andrade (PR) e Julio Cesar (PRB). Depois, segundo ele, foi procurado pelo ex-assessor da Câmara Legislativa Alexandre Cerqueira – que teria lhe pedido propina em nome dos parlamentares.
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Para garantir o repasse aos parlamentares, Assad afirmou ao Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT) que sugeriu a aplicação das verbas em obras de manutenção predial, como reforma de escolas e unidades de saúde, por exemplo. Porém, ao saber que o acordo envolvia propina, o empresário teria declinado da proposta, o que teria acarretado o envio de emendas para a manutenção de UTIs e dado início à Operação Drácon.
Em seu depoimento, Assad afirmou também que, após a recusa em participar do esquema de propinas, foi informado que seria difícil destinar a sobra do orçamento da CLDF para obras, já que a sugestão do governo era aplicá-la na Saúde.
Silêncio
O silêncio de Assad na Câmara Legislativa frustrou os parlamentares e os presentes, que esperavam confirmar denúncias. Ao tomarem conhecimento da ordem judicial para que a reunião fosse reservada, que garantiu ao informante o direito de ficar calado quando assim desejasse e de também não ser preso, os distritais votaram requerimento para acatar a decisão de uma “reunião reservada”. Mas por sugestão do deputado Wasny de Roure (PT), membro da CPI, acabaram transformando o depoimento em “secreto”.
O objetivo da mudança foi no sentido de se evitar virtuais vazamentos de informações e também garantir maior segurança para que o informante – considerado fundamental nas investigações contra distritais – pudesse apresentar fatos novos em relação ao que já declarou oficialmente ao Ministério Público e também à imprensa.
Com informações da Agência CLDF
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