O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, admitiu há pouco, em visita ao Congresso Nacional, que os focos de dengues espalhados por várias regiões do país deverão continuar ao longo de todo o ano.
“A dengue vai nos acompanhar o ano inteiro. Estamos fazendo um planejamento de capacitação de pessoas para combatê-la”, disse Temporão, que também invocou a ajuda dos governadores, prefeitos e sociedade no combate à dengue.
“Essa mobilização deve ocorrer o ano inteiro para que possamos no próximo verão termos números melhores”, acrescentou.
Temporão criticou, no entanto, que a “mobilização” feita até o momento pela população do Rio de Janeiro é apenas a de procurar os postos de saúde. “É necessário uma mobilização de prevenção”, disse.
Segundo ele, no Rio de Janeiro, após a instalação de tendas de hidratação e de três hospitais de campanha, o número de óbitos vem reduzindo.
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“Estamos conseguindo internar todos os pacientes [com sintoma da dengue]. Já existe sinalizações de que a situação tende a melhorar”, avaliou sem apresentar números concretos.
120 mil casos
Último balanço feito pela Secretaria de Vigilância de Saúde do Ministério, publicado no dia 28 de março, mostra que no estado do Rio de Janeiro foram registrados 43.523 casos de dengue em 2008. Esse montante equivale a 36% do total de casos notificados no país.
Segundo o levantamento, as localidade que registram maior número de casos são: município do Rio de Janeiro (28.233), Nova Iguaçu (2.643), Angra dos Reis (3.141), Campos dos Goytacazes (2.144) e Duque de Caxias (1.075).
Ainda de acordo com a Secretaria, em todo o país, foi registrado nos três primeiros meses do ano, 120.570 casos de dengue, sendo 647 casos confirmados de Febre Hemorrágica da Dengue (FHD) e 48 óbitos por FHD. Também foram notificados 80 casos de dengue com complicações, com 26 óbitos.
Comparando os casos notificados de dengue em 2008 com o mesmo período de 2007, verifica-se uma redução de 27% no número de casos. No entanto, houve aumento no número de casos nos estados do Amazonas (992%), Rondônia (484%), Sergipe (617%), Bahia (241%), Rio Grande do Norte (275%), Rio de Janeiro (211%) e Pará (147%). (Erich Decat)
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