O presidente nacional do PMDB, deputado Michel Temer (SP), admitiu hoje pela manhã que, após a nova orientação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de endurecer a regra da verticalização para as eleições deste ano, a política de alianças do partido pode mudar. Em entrevista à Rádio CBN, Temer voltou a defender o lançamento de candidato próprio a presidente da República.
“É possível que mude o quadro. Aqueles que não queriam a candidatura própria, não queriam para fazer as alianças como bem entendessem nos estados. Agora, se estão proibidos é claro que perde relevância ter ou não ter candidato à Presidência da República. Já achava que não era mais possível. Mas de ontem à noite pra cá, comecei a perceber uma movimentação, no sentido de que, é melhor ter candidato”, declarou Temer.
Entre outras mudanças, a nova orientação do TSE, firmada ontem, proíbe o partido que estiver fora da campanha presidencial de se aliar, nos Estados, com siglas que apóiam candidatos. Ele só poderá se coligar com partidos que também estiverem excluídos da disputa nacional.
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A decisão do PMDB deve ser tomada em reunião da Executiva Nacional do partido, marcada para as 16h, desta quarta-feira. “Vamos verificar que caminho vamos dar ao PMDB nacional”, explicou Temer.
Para o presidente do PMDB, é possível que haja um retrocesso na política de alianças. “Vamos ver qual é a reação dos estados. Eles que vão se manifestar durante o dia de hoje (quarta). Tenho a impressão que vai modificar toda a equação do jogo. Alguns estados trabalharam para não ter candidato tendo em vista as alianças que estavam sendo feitas lá, se essas alianças estão impedidas, talvez o lançamento à presidência da República pode até ajudar o candidato a governador.”
Temer admite que a mudança do TSE pode contrariar as decisões de diretórios estaduais do partido. “Em Goiás e na Paraíba são alianças que o PT tem com nossos candidatos ao governo do estado. Já em Pernambuco, Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Norte o PSDB e o PFL que estão aliados ao nossos candidatos.”
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