“Tínhamos no passado ministérios, mas não tínhamos diálogo com a presidente. Hoje não temos ministérios, mas em uma semana já tivemos um diálogo direto com o presidente”, sintetizou Rosângela Gomes (PRB-RJ).
Segundo as deputadas, o presidente ouviu demandas trazidas pelas parlamentares relacionadas à políticas para mulheres e disse que elas serão contempladas com uma pasta futuramente, na formação de um novo ministério. No entanto, Temer não deu mais detalhes sobre os planos de uma nova reformulação ministerial.
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“Ele nos pediu um tempo, ainda está formatando, mas disse que terá esse ministério sim”, relatou Josi Nunes (PMDB-TO).
Às deputadas, Temer justificou a ausência de mulheres no primeiro escalão de seu governo com o argumento do curto prazo que teve para formar uma equipe. “Ele teve apenas uma semana para poder formar esse governo”, defendeu Josi.
O peemedebista acrescentou que as escolhas foram feitas com base em indicações feitas por líderes partidários. “Entendemos que essa dificuldade da indicação de nomes continua fazendo parte desse processo de participação política em que ainda somos minoritárias”, disse a peemedebista.
“O que aconteceu com a falta de mulheres não foi uma falha do presidente, mas uma consequência de como a política brasileira vem sendo estruturada”, acrescentou a deputada Mara Gabrilli (PSDB-SP).
Mulher no comando
Na reunião, as deputadas sugeriram a Temer o nome da presidente do PMDB Mulher, Fátima Pelaes, para ocupar a Secretaria de Políticas para Mulheres (integrada ao Ministério da Justiça). As parlamentares também pediram o apoio do presidente interino para apoiar a candidatura de uma mulher para a Presidência da Câmara.
Ao todo, 21 integrantes da bancada que reúne 52 deputadas participaram da reunião, totalizando onze siglas (PR, PP, PTB, PSB, PSL, PMDB, PSDB, PV, DEM, PTN e PRB). Representantes de partidos da base aliada não compareceram ao encontro.
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