O vice-presidente da República, Michel Temer, fez nesta segunda-feira (4) um apelo ao PT e aos partidos da base aliada para que se empenhem na aprovação das medidas de ajuste fiscal que tramitam no Congresso Nacional. Ele disse ter certeza de que toda a base do governo “estará convencidos e unificada” para que as duas medidas provisórias sejam aprovadas. Para Michel Temer, o corte de gastos do governo será “muito radical” caso as propostas não passem pelo Congresso.
Antes de se reunir à tarde com os líderes da base aliada na Câmara e no Senado, Michel Temer convocou os jornalistas para uma entrevistas. Segundo ele, as negociações para que as MPs 664 e 665 sejam aprovadas terão êxito esta semana, quando os parlamentares devem apreciar as proposições que alteram as regras de acesso a benefícios trabalhistas e previdenciários.
“Estou sugerindo ao PT, que tem entrosamento com trabalhadores e centrais sindicais, para que, por inteiro, se dedique à aprovação, assim como os demais partidos da base aliada”, informou o vice-presidente, que, desde o mês passado, acumula a chefia da articulação política do governo.
Temer explicou que, durante as reuniões, tem procurado convencer os empresários e trabalhadores de que a aprovação do ajuste permitirá que o país continue com uma “economia saudável e forte”.
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Segundo Temer, o corte nos gastos do governo, previsto para este mês, deve ser maior caso as medidas não sejam aprovadas. “Se não houver ajuste, o contingenciamento será muito radical. Se houver ajuste, contingenciamento será muito menor”, previu.
“Tenho certeza que o PT e os partidos da base aliada estarão convencidos e unificados. É importante que haja unidade dos votos em relação à matéria.” Temer ligou para todos os ministros, solicitando que eles conversem com os deputados para que o ajuste seja aprovado. Ele disse esperar que o PMDB vote em peso a favor das propostas. “Estou trabalhando para isso.”
De acordo com o vice-presidente, embora não seja possível garantir toda a economia prevista (R$ 18 bilhões para este ano) na edição das medidas, o governo trabalha com o “ajuste viável nesse momento”. “As negociações estão em curso. Fizemos muitas reuniões. Os bons resultados devem se concretizar amanhã”, conclui Michel Temer.
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