A equipe técnica que auxilia a CPI dos Bingos vai trabalhar esta semana na análise e no cruzamento de informações do grande número de documentos que lotam as dependências onde funciona a secretaria da CPI.
Diferentemente da CPI dos Correios e do Conselho de Ética, a CPI dos Bingos não vai funcionar nessa primeira etapa da convocação extraordinária. Na semana passada, o presidente da comissão, senador Efraim Moraes (PFL-PB) informou que os trabalhos só serão retomados apenas no dia 17 de janeiro de 2006.
O grupo de técnicos – composto por funcionários do Senado, do Tribunal de Contas da União (TCU), do Banco Central e da Polícia Federal – vai se debruçar, principalmente, sobre as quebras dos sigilos bancário, telefônico e fiscal de pessoas supostamente envolvidas em esquemas de corrupção.
Waldomiro
Segundo a secretaria da CPI, a maiora dos documentos a serem analisados se refere à quebra do sigilos telefônicos, já que envolve várias prestadoras de serviço. Os nomes que mais aparecem nas ligações analisadas pelos técnicos são os de Waldomiro Diniz, ex-assessor da Casa Civil da Presidência da República, e do empresário de jogos Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
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Waldomiro, que em 2002 era presidente da Loteria do Estado do Rio de Janeiro (Loterj), foi flagrado em vídeo exigindo propina de Cachoeira para facilitar os negócios dele no estado do Rio de Janeiro. Waldomiro também é acusado de ter praticado tráfico de influência, já na qualidade de assessor da Casa Civil, para que fosse renovado em abril de 2003 contrato no valor de R$ 650 milhões, entre a multinacional Gtech e a Caixa Econômica Federal, relativo à operacionalização de loterias federais em todo país.
A secretaria da CPI informa também que a definição do calendário para o período de convocação extraordinária do Congresso Nacional – que vai desta sexta-feira (16) a 14 de fevereiro de 2006 – somente ocorrerá na primeira semana de janeiro.
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