Auditorias do Tribunal de Contas da União (TCU) mostram que pessoas formam quadrilhas regionais para roubar dinheiro público. Quase sempre, o objetivo é atender emendas parlamentares no Orçamento, informa o jornal Correio Braziliense hoje (30). A máfia dos sanguessugas – em que ambulâncias superfaturadas e sucateadas eram vendidas com a ajuda de parlamentares subornados – não seria um fato isolado, diz a publicação.
O tribunal observou convênios assinados com 10 ministérios: Saúde, Educação, Cidades, Agricultura, Integração Nacional, Desenvolvimento Agrário, Esporte, Turismo, Cultura e Justiça. O valor deles chaga a R$ 15,3 milhões. De acordo com o Correio, foram descobertas ilegalidades em mais da metade dos 21 municípios em que o dinheiro serviria para comprar unidades e equipamentos de saúde, casas populares, quadras esportivas, barragens, além de recuperar estradas vicinais, pavimentar ruas, perfurar poços e treinar professores.
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As fraudes nas licitações incluíam conluio de empresas, empresas fantasmas, notas fiscais frias e “calçadas” (com valor diferente na primeira via), boletins de medições falsos para justificar pagamentos indevidos, superfaturamento. O jornal cita ainda a identificação de teias de relações de empresas que fraudam licitações em diversos municípios do mesmo estado. “As constatações ultrapassam os limites de simples irregularidades administrativas e constituem autênticos crimes contra a administração pública”, diz o relatório do TCU.
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