Os desvios e prejuízos descobertos, nos últimos seis meses, por auditores do Tribunal de Contas da União (TCU) e da Controladoria Geral da União (CGU) em contratos firmados pelo governo federal e empresas estatais somam R$ 2,2 bilhões de reais. O total foi levantado pelo jornal O Estado de S. Paulo, que divulgou esses números na sua edição de hoje (15). O total abrange, também, as auditorias da CPI dos Correios nos fundos de pensão.
Segundo o levantamento, a maior parte das operações ilegais se concentra em estatais, como os Correios e o Instituto de Resseguros do Brasil (IRB). As auditorias constataram fraudes, conluios em licitações, superfaturamentos, pagamentos por serviços não-comprovados, entre outras ilegalidades. A maioria das descobertas do TCU e da CGU foram usadas pela CPI dos Correios.
Apesar do volume de recursos desviados, a CPI dos Correios deve usar poucas auditorias no texto final. O relator da CPI, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), se limitará, provavelmente, à análise dos contratos de publicidade do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, às fraudes nos Correios e às perdas dos fundos de pensão.
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A cúpula da CPI já definiu que não será possível aproveitar os dados de todas as auditorias. O motivo, alega, é a quantidade e a diversidade dos relatórios, que fariam a CPI perder o foco das investigações. Ele deve se concentrar no valerioduto e nas irregularidades nos Correios e nos fundos de pensão.
A apuração das demais suspeitas de irregularidades ficará a cargo do Ministério Público, do TCU e da CGU. A CPI avalia que não há tempo hábil para apurar tudo até a entrega do relatório final, prevista para abril.
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