Para o ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, a divulgação das fotos que seriam do R$ 1,7 milhão apreendido pela Polícia Federal com os petistas Gedimar Passos e Valdebran Padilha não interferirá na corrida presidencial.
Em entrevista no Palácio do Planalto, o ministro atribuiu a divulgação a uma armação do PSDB e comparou o caso a fatos ocorridos em campanhas. Como exemplo, Tarso citou o aparecimento de cartazes com fotos com os seqüestradores do empresário Abílio Diniz trajando camisetas do PT, que apareceram às vésperas do pleito de 1989. O caso da divulgação dos recursos apreendidos na empresa Lunus, cujo sócio era o marido de Roseana Sarney (PFL-MA) em 2002, também foi lembrado pelo ministro. Na última eleição, a divulgação das fotos do caso Lunus fez Roseana retirar sua candidatura à Presidência.
"Isso é articulação de alguém do PSDB com pessoas da Polícia Federal que desrespeitaram o segredo de justiça do processo", afirmou Tarso Genro. O ministro voltou a vincular o esquema de compra de dossiês com a candidatura ao governo paulista. "Essa questão nada tem a ver com o presidente Lula, nada tem a ver com a candidatura a presidente. É um fato circunscrito a São Paulo. Temos confiança é que ganharemos no primeiro turno", disse Tarso.
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Na opinião do ministro nem o escândalo da compra de dossiês conseguirá abalar a candidatura de Lula. "Este fato nada tem a ver com o presidente, não tem a ver com a eleição nacional e não atinge a estabilidade de votação que o presidente está mantendo apesar de todos os pesares", argumentou.
Ao contrário do procedimento de praxe, a Polícia Federal estava mantendo as fotos do dinheiro apreendido em sigilo, o que levou a críticas da oposição de que a PF estaria protegendo os petistas. (Soraia Costa)
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