O ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, ironizou nesta sexta-feira o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso que estimulou a comparação do seu governo com o do presidente Lula. Segundo Genro, a proposta “foi um ato de coragem pessoal” de FHC.
Genro disse ainda que o governo não vai “rebaixar o debate político” para responder aos comentários “avícolas” do ex-presidente FHC.
Em discurso na convenção do PSDB de domingo, que lançou José Serra ao governo de São Paulo, FHC acusou o presidente Lula de “carcarejar com os ovos dos outros”, numa referência aos comentários do petista de que o país está melhor sob seu comando.
“É uma comparação avícola. Está dentro do direito das pessoas fazer metáforas, mas não vamos usar esse tipo de linguagem porque ela pode ajudar a rebaixar o debate político”, disse.
Segundo o ministro, FHC, “que chegou ao final de oito anos de mandato com a economia estagnada, inflação alta, juros altos, dívida pública quadruplicada e a exportação sem financiamento”, demonstrou “coragem” ao aceitar a proposta do presidente Lula de comparar os dois governo na campanha.
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“Alckmin não defende FHC”
Para Tarso Genro, FHC entrou no debate político porque o candidato do PSDB ao Palácio do Planalto, Geraldo Alckmin, não o defende. “Ao invés de se ater à sua condição de ex-presidente, Fernando Henrique respondeu pelo Alckmin. Tiro disso duas conclusões: Alckmin não quer se responsabilizar pelo governo de FHC e FHC quer fazer essa colagem”, alfinetou.
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