Esqueçam o Congresso, Lula, Serra, Alckmin, CPIs, eleições. O fato mais importante do dia em Brasília hoje é o lançamento do bloco Suvaco da Asa. Aliás, bloco não. Trata-se de uma troça carnavalesca mista (TCM), que é o nome dado aos blocos não-oficiais do maravilhoso Carnaval de Olinda (PE).
A iniciativa, liderada pelas jornalistas pernambucanas Clarissa Lima e Marina Amazonas, é uma prova do poder de fogo da internet. Via e-mail, dias atrás, ela e outras figuras-chave do que há de melhor em Brasília no departamento de bom humor, inteligência e integridade, meio despretensiosamente, anunciaram a “convocação mista anárquica armorial etílica carnavalesca” para a estréia do Suvaco da Asa (assim mesmo, com “u”). Apesar da espontaneidade e do caráter algo improvisado da coisa, no ponto de concentração, o Quiosque da Codorna, há neste momento mais de 200 alegres foliões. O clima é o melhor possível.
Suvaco da Asa tem a ver com o endereço de Clarissa e do grupo de amigos que estão por trás da materialização da TCM: o bairro Sudoeste, que fica a oeste (portanto, no sovaco) da Asa Sul. O Suvaco é expressão daquela cidade viva e interessante que vai muito além da Esplanada dos Ministérios, da Praça dos Três Poderes e de suas histórias, tantas vezes nada edificantes.
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Na troça do Suvaco, como anunciava a convocação, “só gente boa” e músicas carnavalescas de alta qualidade, com destaque para o “frevo-enredo” e o “samba-rasgado”.
Quem estiver em Brasília e ler esta nota deve correr para se juntar aos demais suvaqueiros. O Quiosque da Codorna fica na rua do Hospital das Forças Armadas (HFA), bem próximo ao Eixo Monumental.
A grande imprensa, como seria de se esperar, não compareceu. O Congresso em Foco, é óbvio, está lá, não só para registrar o fato como, sobretudo, para, junto com a galera, berrar: “Olinda, quero cantar…”
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