Mário Coelho
Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) devem voltar a analisar nesta quinta-feira (12) a ação penal 470, que trata do mensalão do PT, segundo a qual o Ministério Público sustenta que o governo pagou propina para deputados aprovarem projetos de interesse do Planalto. O relator do caso é o ministro Joaquim Barbosa, que estava de licença médica até semana passada e voltou para que alguns de seus casos pudessem ser apreciados pelo Supremo.
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Hoje os ministros vão analisar uma quinta questão de ordem dentro do processo. Desta vez, sobre a presença de peritos em audiência a pedido da defesa do publicitário Marcos Valério. No entanto, os ministros também podem analisar a demora na ação penal, provocada pelo número excessivo de testemunhas de defesa. Até o momento, são 641 espalhadas por 17 estados.
O escândalo do mensalão do PT foi a maior crise política sofrida pelo governo Lula. Em uma entrevista em 2005, o presidente do PTB, Roberto Jefferson, confirmou notícias que já circulavam em Brasília um ano antes, ao afirmar que o governo pagava propina mensalmente a deputados da base aliada para votarem as matérias de interesse do Executivo. A denúncia que tornou 40 acusados réus foi aceita pela Corte em 28 de agosto de 2007, em um julgamento de cinco dias, considerado histórico.
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