Mário Coelho
Os suplentes convocados a partir da decisão judicial que mandou afastar os deputados envolvidos no mensalão do governador José Roberto Arruda (sem partido) prometem entrar na Justiça caso não sejam empossados nos próximos dias. Eles questionam o fato de o presidente em exercício da Câmara Legislativa, Cabo Patrício (PT), ter convocado os substitutos, convidado para acompanhar os trabalhos e acabar não dando posse aos novos parlamentares. A sessão foi encerrada pelo presidente após bate-boca entre parlamentares por conta de uma denúncia de suborno para acabar com os processos de impeachment de Arruda.
“Isso é um desrespeito à decisão judicial”, disse o delegado aposentado Mário Gomes de Nóbrega (PMN), que disputou a eleição pelo PP e vai entrar no lugar de Benedito Domingos (PP). Ele disse que, inicialmente, os suplentes vão entrar com um requerimento na Câmara querendo saber o motivo de não terem sido empossados na sessão de hoje à tarde. Se a Casa não atender, eles entrarão na Justiça para serem empossados. “Estávamos todos dispostos a trabalhar. Mas fomos informados que o presidente foi embora, e sem falar com a gente”, afirmou Nóbrega.
A convocação dos suplentes tem causado confusão na Câmara. Membros da Mesa Diretora não sabem exatamente como proceder no caso. Até o momento, os substitutos não foram informados se terão funcionários exclusivos, onde ficarão alojados e em qual momento vão trabalhar. “Nós precisamos de pelo menos cinco funcionários. O que nos importa é poder trabalhar”, disse o suplente Roberto Lucena (PMDB), que entra no lugar de Eurides Brito (PMDB). Ele é irmão de Gilberto Lucena, dono da Linknet, uma das empresas apontadas pelo inquérito 650DF, que gerou a Operação Caixa de Pandora, como abastecedoras do mensalão do Arruda.
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