O deputado Júlio Delgado (PSB-MG) perdeu para Eduardo Cunha (PMDB-RJ) as eleições internas de fevereiro de 2015 para a presidência da Câmara. De lá até agora passou a ser identificado como o principal adversário de Cunha. Delgado teve papel fundamental no Conselho de Ética para a aprovação do relatório com o pedido de cassação de Cunha por quebra de decoro. Na eleição que foi derrotado, o discurso de Delgado era a moralidade.
No Conselho de Ética, Delgado foi o relator do processo que resultou na cassação do ex-ministro e ex-deputado do PT José Dirceu. Agora, Delgado volta a concorrer à presidência da Câmara e se apresenta como o nome que pode resistir ao poder do grupo de deputados identificado com Cunha. “Não podemos eleger um preposto de Eduardo Cunha”, diz Delgado. Ele ainda não formalizou sua candidatura ao cargo. Mas deve fazer isto ainda hoje (segunda, 11). Delgado defende mais tempo para as articulações que evitem a eleição de um nome do “centrão”, grupo com mais de dez bancadas de pequenos e médios partidos que davam sustentação a Cunha. Delgado fala em restaurar a dignidade da Casa.
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