Fábio Góis
Pré-candidata do governo à sucessão presidencial de 2010, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, recebeu declarações de apoio de um cidadão que não pode votar no Brasil. O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, exortou na noite de ontem (sexta, 31) as mulheres de seu país a apoiar a ministra, a quem chamou de “extraordinária mulher”, nas eleições do próximo ano. O apoio a Dilma foi pedido em discurso para cerca de mil mulheres presentes à celebração do aniversário de dez anos do Inamujer, instituição governamental responsável pela implementação de políticas para mulheres no país vizinho.
Chávez esteve por todo o dia de ontem em solenidades oficiais com o presidente Lula, que, em evento de inauguração, classificou como “amadurecimento” dos senadores brasileiros a aprovação do ingresso da Venezuela no bloco comercial do Mercosul. Na quinta-feira (28), Lula e Dilma jantaram com o presidente venezuelano no Hotel Humbold, símbolo de Caracas instalado no alto de uma montanha ao norte da capital. As informações são da Agência Brasil.
“Vou dizer algo para vocês. Lula me convidou para uma conversa com uma grande mulher brasileira, e o coração me disse que ela será a próxima presidente do Brasil. É uma extraordinária mulher que vocês vão conhecer. Dilma Rousseff esteve também na guerrilha no Brasil, esteve presa, torturada e está preparando-se para assumir a campanha no próximo ano. Aqui, chamo a todas que apoiemos Dilma para a Presidência do Brasil. Uma mulher digna, revolucionária, valente. Vocês vão conhecer”, enalteceu Chávez, mencionando a aprovação popular do colega brasileiro.
Nas homenagens às mulheres no evento do Inamujer, Chávez entoou o clássico romântico La noche que me quieras, do compositor argentino Cacho Castaña, e citou outras mulheres que exercem cargos de chefia em seus países, como a presidente do Chile, Michelle Bachelet, e a presidente da Caixa Econômica Federal, Maria Fernanda Ramos Coelho. Na quinta-feira, Maria Fernanda esteve presente na inauguração do escritório de representação do banco em Caracas.
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