O líder do PMDB no Senado, Valdir Raupp (RO), divulgou nota há pouco em que classifica a substituição dos senadores Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) e Pedro Simon (PMDB-RS) como “rotina”. Raupp ressaltou o “respeito e o apreço” que tem pelos colegas de partido substituídos por Almeida Lima (SE) e Paulo Duque (leia mais).
“Mas todos sabem que ambos não acompanham as deliberações da maioria da bancada”, explica o líder da maior bancada do Senado. A decisão de substituir os peemedebistas é vista como uma reação da tropa de choque do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), à decisão da CCJ de ontem.
De acordo com o projeto relatado por Jarbas Vasconcelos, os senadores que respondam a processo no Conselho de Ética terão que se afastar de suas funções. Ainda de acordo com o projeto, um senador não poderá ser relator de um processo contra um colega de partido. (leia mais)
Renan responde a três processos no Conselho de Ética do Senado. Ele é acusado de ter favorecido uma cervejaria com dívidas no INSS; de ter usado laranjas para comprar empresas de comunicação em Alagoas; e de ter sido beneficiário de um esquema de desvio de verba em ministérios controlados pelo PMDB.
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Renan tratou de qualificar a substituição dos independentes como natural e ressaltou que esta é uma decisão do partido. “Não sou líder. Sou presidente do Senado, que é uma instituição suprapartidária”, afirmou.
Segundo a nota de Raupp, a substituição de Jarbas e Simon “obedece a uma decisão da maioria da bancada que integra à base de sustentação do governo na Casa”. (Rodolfo Torres)
Confira a íntegra da nota do líder do PMDB
Nota à imprensa
A liderança do PMDB no Senado Federal informa que a substituição dos senadores Pedro Simon (RS) e Jarbas Vasconcelos (PE), na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), ocorrida hoje (04/10) obedeceu a uma decisão da maioria da bancada que integra a base de sustentação do governo na Casa.
Tenho o maior respeito e apreço pelos dois senadores, que são históricos do partido e por quem não tenho nada pessoal, mas todos sabem que ambos não acompanham as deliberações da maioria da bancada.
Como na Comissão de Constituição e Justiça tramitam os principais projetos de interesse público e que se relacionam com a governabilidade do país, a alternativa viável nesse momento foi alterar a sua composição, o que é um ato de rotina e uma prerrogativa dos líderes partidários.
Brasília, 04 de outubro
Senador Valdir Raupp (PMDB-RO)
Líder do PMDB e da Maioria no Senado Federal
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