A ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Assusete Magalhães determinou nesta terça-feira (22) a notificação do ministro da Justiça, Eugênio Aragão, para se manifestar em uma ação do PPS sobre uma possível transferência de policiais federais em caso de vazamento de investigações. O PPS acionou a corte com um mandado de segurança preventivo para evitar que os investigadores sejam trocados.
O PPS acionou o STJ ontem (21) para evitar que Aragão troque os integrantes da Polícia Federal que estão na força-tarefa da Operação Lava Jato. Em entrevista à Folha de S. Paulo, o ministro da Justiça disse que trocaria os membros caso houvesse “cheiro de vazamento”, mesmo sem provas. Ele disse ainda que, caso a equipe dissesse que não houve vazamento, que mostrasse o responsável pela divulgação não autorizada.
De acordo com o despacho da ministra, Aragão terá 72 horas para se manifestar. Ela também enviou notificação para a Advocacia-Geral da União (AGU). Depois de receber todas as informações, Assusete Magalhães vai se manifestar no pedido do PPS.
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“Não é possível se chegar a outra conclusão diante da afirmação de que ‘a PF está sob nossa supervisão’ e ainda que ‘cheirou vazamento de investigação por um agente nosso, a equipe será trocada’. Trata-se de uma evidente tentativa de constrangimento de policiais federais perpetrada pela autoridade coatora, indicando a real possibilidade de interferência nas atividades investigativas, caso haja vazamento de informações”, diz o PPS no documento.
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