O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a ampliação da quebra de sigilo bancário para investigar a compra de carros de luxo pelo senador Fernando Collor (PTB-AL). A suspeita é que a compra de veículos como Ferrari, Porsche e Lamborghini serviu para lavar dinheiro desviado de recursos da Petrobras.
Depoimentos de delatores e apurações da Operação Lava Jato sugerem que Collor recebeu, por meio de aliados, R$ 26 milhões como pagamento de propina por contratos firmados com a BR Distribuidora.
A ampliação foi determinada pelo ministro Teori Zavascki, que relata os casos da Lava Jato no Supremo, em atendimento a um pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Com a decisão, os investigadores poderão levantar novos dados em instituições financeiras sobre clientes que efetuaram pagamentos de parcelas dos carros e conseguir cópia de contratos e extratos de pagamentos de financiamentos dos veículos.
Segundo os investigadores, há registros de vultosos depósitos recebidos e efetuados em espécie, com informações de “dispendiosas transferências” para a compra de carros de luxo, por empresas ligadas a Collor. As investigações indicam que o Lamborghini, que custou R$ 3,2 milhões, encontra-se com parcelas em atraso.
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De acordo com os investigadores, a compra dos veículos do senador seguia o mesmo modelo: fracionamento de várias parcelas em dinheiro e transferências no mesmo dia ou em dias sucessivos. Collor foi denunciado por Janot ao STF pelos crimes de corrupção ativa e lavagem. Cabe aos ministros do Supremo decidir pela abertura ou não da ação penal. Caso a denúncia seja aceita, o senador responderá a processo como réu.
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