O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), converteu neste domingo (29) a prisão temporária do banqueiro André Esteves, do banco BTG Pactual, e do chefe de gabinete do senador Delcídio do Amaral, Diogo Ferreira, em preventiva. O prazo da prisão dos dois vencia hoje. Com a decisão, eles ficarão presos por tempo indeterminado, a exemplo do que já ocorre com Delcídio e o advogado Edson Ribeiro, que defendia o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró.
Os quatro foram presos acusados de tentar obstruir as investigações da Operação Lava Jato. A conversão da prisão de Esteves e Diogo foi pedida pela Procuradoria-Geral da República. Teori aceitou. Segundo o ministro, as provas recolhidas e os depoimentos tomados até agora reúnem elementos para mantê-los presos por tempo indeterminado. Na avaliação dele, soltá-los implicaria risco à ordem pública, à ordem econômica e à instrução criminal do processo.
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A Procuradoria-Geral da República trabalha na conclusão da denúncia contra os quatro acusados. Além de tentar atrapalhar as investigações, Delcídio também deve ser acusado de usar seu prestígio político para tentar soltar Cerveró por meio de contatos no próprio Supremo. Os procuradores também vão intensificar a busca de provas de envolvimento do senador no esquema de corrupção da Petrobras.
Em conversa gravada por Bernardo Cerveró, filho do ex-diretor da Petrobras, Delcídio e Edson Ribeiro oferecem um plano de fuga e uma mesada de R$ 50 mil para a família do Nestor Cerveró. André Esteves é apontado como o financiador da operação. O grupo é acusado de tentar comprar o silêncio do ex-dirigente, que está preso em Curitiba e já condenado pela Justiça Federal por corrupção.
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