A ação contra Maranhão no STF é fruto da Operação Miqueias, deflagrada pela Polícia Federal em setembro de 2013, que investigou um esquema de lavagem de dinheiro em fundos de previdência de municípios. Na ocasião, os investigadores apuraram uma rede de empresas de fachada, em nome de Fayed Antoine Traboulsi, usadas para lavagem de dinheiro. O desvio, segundo a PF, chegou a R$ 50 milhões. O presidente interino da Câmara apareceu como intermediário em um dos esquemas.
De acordo com as investigações, o grupo usava contas bancárias que eram abastecidas com dinheiro relacionado à venda de diversos fundos de previdência estaduais e municipais. O esquema usava corretores de valores para cooptar prefeitos e gestores de fundos de previdência para adquirir papeis podres – que não têm valor no mercado e que a curto e médio prazo gerariam grandes prejuízos aos fundos. Em troca da aquisição, criminosos remuneravam os agentes públicos com dinheiro e presentes.
Segundo a PGR, há suspeitas de que Maranhão tenha recebido vantagem indevida e “atuado em diversas prefeituras em favor de esquema fraudulento de investimento nos regimes de Previdência” de prefeituras. O nome do parlamentar apareceu na investigação a partir da interceptação de telefonemas de Fayed, um dos mais famosos doleiros de Brasília. Em um dos diálogos, o doleiro diz que ele e Maranhão poderiam “fazer um negócio bom”.
Sobre a quebra de sigilo e as investigações, Waldir Maranhão disse, em nota, que está “absolutamente tranquilo” e “está à disposição para prestar esclarecimentos”.
Leia a íntegra da nota divulgada por Waldir Maranhão
“A assessoria de comunicação do deputado Waldir Maranhão informa que o presidente interino considera que o pedido de quebra de sigilo bancário ao STF é absolutamente normal dentro de um procedimento investigatório e o parlamentar está à disposição para prestar esclarecimentos.
O deputado está absolutamente tranquilo sobre a investigação. Quanto mais se investigar, mais se concluirá pela absolvição.”
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