[fotografo]Nelson Jr./SCO/STF][/fotografo]
Ayres Britto acredita que indenização à União só será definida no fim do julgamento
Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) definiram nesta quinta-feira (8) as penas do publicitário Cristiano Paz, sócio do empresário Marcos Valério nas agências SMP&B e DNA Propaganda. Ele foi condenado pelos crimes de corrupção ativa, peculato, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e evasão de dinheiro. A expectativa dos ministros é que ainda hoje seja encerrada a análise das punições do núcleo publicitário. No total, as penas de Cristiano Paz chegam a 25 anos, 11 meses e 20 dias de prisão.
Veja abaixo as penas contra Cristiano Paz:
Formação de quadrilha: dois anos e três meses
corrupção ativa de João Paulo Cunha (PT-SP): dois anos e seis meses, mais 100 dias multa
peculato da Câmara dos Deputados: três anos de reclusão, mais 180 dias multa
peculato do Banco do Brasil: três anos, dez meses e 20 dias, mais 190 dias multa
corrupção ativa de Henrique Pizzolato: dois anos e oito meses, mais 180 dias multa
lavagem de dinheiro: cinco anos e dez meses, mais 166 dias multa
corrupção ativa de parlamentares da base: cinco anos e dez meses, mais 180 dias multa
Durante a discussão, os ministros chegaram a discutir a possibilidade de os réus indenizarem a União pelos desvios originados do peculato, que é um crime contra a administração pública. O decano da corte, Celso de Mello, voltou a sugerir que o STF estabeleça um valor mínimo, que pode ser reajustado pela Justiça. No entanto, esta decisão deve ficar para o final. “Não tem maioria, ficou uma indefinição. Vou apresentar meu voto no final”, afirmou o presidente do STF, Carlos Ayres Britto, no intervalo da sessão.
A expectativa dos ministros é que hoje se encerre a definição das penas do núcleo publicitário. Os ministros já encerram as punições para Marcos Valério e Ramon Hollerbach, além de Cristiano. Eles também iniciaram a dosimetria para o advogado Rogério Toletino dos crimes de formação de quadrilha, corrupção ativa dos parlamentares do PP e lavagem de dinheiro. Depois, será a vez de Simone Vasconcelos, ex-diretora financeira da SMP&B.
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