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Do encontro com Dudu da Fonte, como o parlamentar é conhecido, também participou o ex-deputado pernambucano já falecido Sérgio Guerra, ex-presidente do PSDB e depois parlamentar do PSB. A reunião foi filmada no escritório do operador do mercado financeiro, Marcos Duarte Santos, o Marcão, sócio de Baiano em imóveis.Também estavam presentes à reunião gravada em vídeo os executivos da Construtora Queiroz Galvão, Ildefonso Colares, e Eerton Medeiros Fonseca, diretor da Galvão Engenharia. As duas empresas estão sob investigação na Lava jato por envolvimento na rede de propina e fraudes em contratos com a Petrobras.
O vídeo é crucial para as investigações da Polícia Federal e dos procuradores. Moro pretende confrontar o conteúdo das conversas com a delação premiada de Fernando Baiano, preso em novembro de 2014 e hoje em detenção domiciliar em razão de sua colaboração com a Justiça. Ele é apontado como o intermediário no recebimento de propinas destinadas ao PMDB e pagas por empreiteiras contratadas pela Petrobras, mas o vídeo revela que outros partidos também eram beneficiários do dinheiro ilegal.
Nos depoimentos negociados com o Ministério Público Federal, a PF e o magistrado, o lobista cita o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), que teriam recebido propina por intermédio do lobista Jorge Luz. Baiano também citou o senador Jáder Barbalho (PMDB-PA) como beneficiário da propina, além do senador cassado Delcídio do Amaral e o ex-ministro de Minas e Energia do governo Lula, Silas Rondeau.
O vídeo com imagens do deputado na reunião vai servir de instrução de mais um processo a ser aberto por Moro. No entanto, a decisão de processar o parlamentar e julgá-lo só poderá ocorrer no STF em razão da prerrogativa de foro privilegiado que assiste a Dudu da Fonte.
Por meio de sua assessoria, o deputado Dudu da Fonte preferiu enviar ao Congresso em Foco uma declaração por escrito: “Estive e estou, sempre, à disposição da Justiça para esclarecer, logo, todo o fato”, registrou.
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