O nome do deputado aparece no relatório da Operação Santa Tereza, da Polícia Federal, que prendeu 11 suspeitos, entre empresários, advogados e servidores públicos. Iniciada em dezembro de 2007, a Operação Santa Tereza tinha por objetivo inicial apurar denúncias de exploração de prostituição e tráfico de pessoas. Ao longo das investigações, a PF interceptou ligações de investigados que negociavam a cobrança de uma porcentagem sobre o valor liberado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a realização de financiamentos.
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Um dos presos na ocasião, João Pedro de Moura foi classificado pelos policiais como “um dos principais assessores da Força Sindical, responsável pela ligação da organização criminosa com o banco”. Segundo a PF, João Pedro e o deputado paulista tiveram vários encontros em Brasília. De acordo com as investigações, o então prefeito de Praia Grande (SP), Alberto Mourão (PSDB), repassou R$ 2,6 milhões à quadrilha em troca da aprovação de financiamento de R$ 124 milhões para o município.
Segundo a denúncia aceita pelo Supremo, o deputado recebia parte das comissões da quadrilha beneficiária do financiamento, em troca de favores políticos. De acordo com a acusação, foram encontrados na casa de João Pedro indícios de que o deputado recebia dinheiro do esquema. Suspeita-se que o grupo embolsava entre 3% e 4% dos valores obtidos em financiamento. O parlamentar alega ser vítima de perseguição política e armação e nega ter qualquer envolvimento com o caso.
O fundador do Solidariedade ainda é investigado em outros dois inquéritos (2905 e 3901) por peculato e corrupção passiva. No segundo caso, ele é suspeito de ter contribuído com a venda de cartas sindicais, indispensáveis ao registro de sindicato.
Um dos principais aliados do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Paulo Pereira da Silva também tem se destacado pela forte oposição que faz ao governo Dilma e ao PT e pela defesa do impeachment da presidente.
Nas manifestações do Dia do Trabalhador, em 2014, Paulinho causou polêmica ao dizer que a presidente deveria estar presa pelos “roubos” na Petrobras. “Pelos roubos que tem feito na Petrobras, a presidente Dilma Rousseff deveria estar presa”, discursou, em São Paulo.
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