Em seu depoimento à CPI dos Bingos, o empresário Sérgio Gomes da Silva, o Sombra, não conseguiu até agora explicar depósitos bancários que recebeu da família Gabrilli, proprietária da Expresso Guarará.
“Esse dinheiro eu fiquei sabendo agora, quando apresentaram os boletos”, começou respondendo Sombra. Depois, ele se fixou na versão de que os recursos correspondiam a pagamento por serviços de segurança que ele havia prestado ao empresário Ronan Maria Pinto. O problema é que o pagamento saiu de uma empresa concorrente de Ronan.
“Eu sabia dos depósitos. Eu não sabia que o Gabrilli tinha feito esses quatro depósitos”, disse. Mais para frente, garantiu que não tinha qualquer relação comercial com a Guarará. Confrontado com os recibos que entregou a Gabrilli, afirmou que entregava notas fiscais para o empresário Ronan Maria Pinto, que “tinha uns negócios antigos com a Guarará”.
Outro problema é que os recursos foram depositados na conta de pessoa física do Sombra, e não na conta da empresa de segurança que ele tinha à época. “O sr. recebia o dinheiro como pessoa física, mas dava nota fiscal como pessoa jurídica?”, indagou o presidente da comissão, Efraim Morais (PFL-PB). Neste momento, Sérgio Gomes tenta explicar essa situação aos senadores, mas sem sucesso.
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