No Distrito Federal existem cinco escolas de medicina, quatro delas criadas entre 2001 e 2013. Ao todo são oferecidas 376 vagas por ano em cursos de medicina, sendo 220 (58,51%) delas em instituições privadas. Apesar de ser mais restrito, o cenário no DF não destoa do panorama nacional de aumento do número de escolas de medicina no país. No Brasil, existem 257 escolas em funcionamento, só em 2015 foram abertas dez novas.
A área tem vivenciado uma expansão do número de faculdades, que integra um conjunto de medidas do governo federal para ampliar o número de profissionais no mercado. “Um desastre”, classifica o presidente do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal (SindMédico DF), Gutemberg Fialho. “Levando escolas médicas para o interior quando nós sabemos que no interior não tem nem médico. Não vai ter professor, não vai ter hospital universitário, não tem como formar profissionais. É um equívoco do governo”, avalia Gutemberg.
As faculdades privadas correspondem a 60% desse total. De acordo com a plataforma Radiografia das Escolas Médicas do Brasil, uma iniciativa do Conselho Federal de Medicina, entre 2000 e 2014 a quantidade de faculdades de medicina no país dobrou. A cada ano, o total de vagas oferecidas é de 23.283, das quais 13.985 (60%) são na rede privada. As 257 escolas se distribuem por 159 municípios, os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais concentram o maior número de vagas.
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Para o presidente do SindMédico DF, a abertura indiscriminada de escolas de medicina sem a devida estrutura causará prejuízos não só à população, que será atendida por profissionais que não tiveram uma formação adequada, como a própria categoria sairá prejudicada.“Nós formamos de 15 a 16 mil médicos no país. Supre a demanda. Com o número de escolas médicas hoje existentes no país a expectativa é que nos próximos anos você tenha profissional em excesso”, afirma Gutemberg.
O Sindicato dos Médicos do Distrito Federal é uma das entidades parceiras do Prêmio Congresso em Foco 2015, que no dia 8 de outubro homenageará os parlamentares mais bem avaliados pelos internautas e pelos jornalistas que cobrem o Congresso.
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