“A corrupção tem de ser combatida, mas não pode ser usada para inviabilizar a empresa. Por trás das denúncias de corrupção, há uma política para inviabilizar a Petrobras. O ato é para mostrar esta realidade”, informou o coordenador do Sindicato dos Petroleiros (Sindipetro) em São Paulo, Vereníssimo Barçante.
Ontem, a agência de classificação de risco Moody’s rebaixou a nota da Petrobras de Baa3 para Ba2. Com isso, a estatal perde o grau de investimento e passa para o grau especulativo, indicando que investir na estatal brasileira passou a ser uma operação mais arriscada.
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O ato, que reuniu 100 sindicalistas e representantes de movimentos sociais, faz parte de uma campanha nacional em defesa da Petrobras.
Manifesto divulgado pelos petroleiros revela que as denúncias de corrupção também têm “servido a uma campanha visando à desmoralização da Petrobras, com reflexos diretos sobre o setor de óleo e gás, responsável por investimentos e geração de empregos em todo o País, campanha que já prejudicou a empresa e o setor em escala muito superior aos desvios investigados”.
Para Barçante, que há 35 anos trabalha na empresa, apesar dos recordes de produção, a Petrobras sofre com ataques questionando sua capacidade técnica e de investimento.
“Mesmo nessa crise, conseguimos aumentar a produção, pois nosso corpo técnico é competente. Hoje, a Petrobras está quebrando recordes e mais recordes de produção, mas escutamos segmentos afirmando que ela não tem competência para trabalhar no Pré-Sal, para produzir e que precisa ser privatizada”, acrescentou.
Segundo dados divulgados pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), a produção de petróleo e gás em 2014 alcançou 2,67 milhões de barris equivalentes/dia (no Brasil e exterior). Destes, 666 mil foram produzidos no Pré-Sal.
“Para coroar esses recordes, em setembro de 2014 a Petrobras tornou-se a maior produtora mundial de petróleo entre as empresas de capital aberto, superando a ExxonMobil (Esso)”, ressalta o manifesto divulgado pelos petroleiros.
“Defendemos a punição para corruptos e corruptores, mas o que está atrás dos ataques são interesses pela desclassificação da empresa. Cria-se a ideia de que a Petrobras é incompetente, que não pode cuidar do pré-sal”, afirmou o diretor da FUP, Francisco José de Oliveira.
No próximo dia 13, outra manifestação está agendada para a Avenida Paulista, em São Paulo.
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