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Em depoimento à CPI dos Correios ontem, Simone Vasconcelos, diretora financeira da agência SMP&B – de propriedade de Marcos Valério –, afirmou que nem todo o dinheiro sacado relacionado como “empréstimo ao PT” pode ser, de fato, atribuído ao partido. Simone explicou que contabilizava nas planilhas da empresa como sendo empréstimos ao PT todos os recursos retirados, mesmo aqueles que eram destinados a pessoas ligadas aos demais partidos políticos. Como exemplos, foram citados os repasses a Valdemar Costa Neto, Jacinto Lamas e Carlos Rodrigues, os três do PL, e José Carlos Martinez, do PTB paranaense, já falecido. Simone, no entanto, não soube explicar por que contabilizava os empréstimos dessa forma. A diretora financeira da SMP&B também confessou ter participado diretamente da entrega de R$ 7,7 milhões dos R$ 55 milhões que compunham o total repassado pela agência a partidos, políticos e assessores. Em seu depoimento, Simone Vasconcelos afirmou ter repassado os recursos diretamente a 12 pessoas. Na lista, constam os nomes do ex-líder do PMDB na Câmara, deputado José Borba (PR), e João Cláudio Genu, assessor do líder do PP na Câmara, José Janene (PR). Ela também confirmou que autorizou Roberto Marques, amigo de José Dirceu, a fazer saques das contas da agência. Leia também O depoimento de Simone Vasconcelos, no entanto, irritou bastante os parlamentares, principalmente pelo modo lacônico com que ela respondeu às perguntas. Ao ser perguntada sobre uma entrevista dada pelo ex-ministro português António Mexia, na qual ele afirma ter recebido Valério “na qualidade de consultor do Presidente do Brasil e a pedido de Miguel Horta e Costa”, Simone se limitou a dizer: “Marcos Valério não dá satisfação do que faz”. |
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