O senador Pedro Simon (RS) e o ex-governador Anthony Garotinho acertaram ontem a apresentação à convenção do PMDB de uma chapa conjunta para a disputa da Presidência da República. Pelo acordo, Garotinho seria o vice de Simon. Com isso, tentam convencer o partido a voltar atrás na decisão de não ter candidato próprio ao Planalto, aprovada na semana passada.
Aos 76 anos, o senador admitiu ontem que pode lançar o seu nome à sucessão presidencial na convenção marcada para junho. A ala do partido que apóia o governo defende o não lançamento de candidato próprio para as eleições presidenciais deste ano e quer adiar a convenção, marcada para junho, que vai decidir se o PMDB lança ou não candidato. Já a corrente oposicionista do PMDB é contra o adiamento da convenção e quer que a legenda lance um nome para disputar as eleições.
Pedro Simon condicionou aceitar a disputa pela vaga de pré-candidato a um acordo para que os governistas do PMDB desistam da idéia de adiar a convenção. "Vamos conversar com o Renan Calheiros e José Sarney para que não haja esse novo choque", disse Simon.
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O senador gaúcho está consciente de que um consenso do PMDB seria "um milagre". Se não houver acordo entre as duas alas do partido, provavelmente elas se enfrentarão na convenção de junho. Para isso, ele conta com o apoio do ex-presidente Itamar Franco, o outro pré-candidato do PMDB, que vai renunciar à sua pré-candidatura na próxima segunda-feira para declarar apoio a Simon.
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