Oito deputados mudaram de voto entre a análise da primeira e da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB), passando de apoiadores a adversários do peemedebista. Depois de mais de 12 horas de discussões no plenário da Câmara, o presidente conseguiu se livrar da segunda acusação apresentada contra ele na quarta-feira (25). Mas houve perda de votos entre os governistas nesta noite. Na rejeição da primeira, por corrupção passiva, em 2 de agosto o peemedebista conseguiu 263 votos para barrar o prosseguimento das investigações até 31 de dezembro de 2018, último dia de seu mandato. Desta vez foram 251, 12 a menos, saldo das mudanças de voto para prejudicar Temer, das alterações para apoiá-lo e do aumento do número de ausências no plenário.
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Os oito deputados que passaram do “fica, Temer” para o “fora, Temer” foram: Abel Mesquita Jr (DEM-RR), Mauro Mariani (PMDB-SC), Delegado Éder Mauro (PSD-PA), Heuler Cruvinel (PSD-GO), João Campos (PRB-GO), Jaime Martins (PSD-MG), João Paulo Klinubing (PSD-SC) e Cícero Almeida (PMDB-AL).
Apenas três deputados fizeram o movimento contrário, mudando o voto a favor de Temer. São todos do partido PRB: Carlos Gomes (RS), Ronaldo Martins (CE) e César Halum (TO).
O número de ausências subiu de 19 para 25, beneficiando o presidente da República.
Foram 11 os deputados que haviam faltado antes à sessão plenária e, agora, resolveram votar a favor do relatório de Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), aprovado na Comissão de Constituição e Justiça em 18 de outubro para barrar as investigações. Foram eles: Giovani Cherini (PR-RS), Osmar Serraglio (PMDB-PR), Reinhold Stephanes (PSD-PR), Rôney Nemer (PP-DF), Vicentinho Júnior (PR-TO), Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE), Alexandre Serfiotis (PMDB-RJ), Dejorge Patrício (PRB-RJ), Ronaldo Carletto (PP-BA) e Wilson Filho (PTB-PB).
Entre abstenções e mudanças “oficiais” de votos, somaram 14 os deputados que se ausentaram na votação da primeira denúncia, mas depois resolveram votar contra Temer, entre eles os três tucanos que haviam faltado à votação anterior. Shéridan (RR), Eduardo Barbosa (MG) e Pedro Vilela (AL) declararam votos contra o relatório do correligionário Bonifácio. Outros dois que fizeram o mesmo foram Luciano Ducci (PSB-PR) e Delegado Waldir (PR-GO).
Os deputados Alexandre Leite (DEM-SP) e Rodrigo Pacheco (PMDB-MG) foram os dois que mantiveram suas abstenções nas duas denúncias. Presidente da CCJ, Pacheco disse que a função de comando na principal comissão da Câmara recomenda que ele se abstenha nesse tipo de delberação.
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