O relator da CPI dos Correios, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), afirmou hoje que fará um esforço saber por que documentos solicitados à comissão por integrantes do Conselho de Ética da Câmara não foram liberados pela Mesa Diretora do Senado.
O requerimento de solicitação, sugerido pelos deputados Cezar Schimer (PMDB-RS) e Moroni Torgan (PFL-CE), foi aprovado pela relatoria da CPI e encaminhado à Mesa. Os parlamentares querem ter acesso a quebras de sigilos telefônicos e bancários obtidos pela comissão. “Temos que ver agora o porquê deste atraso. Eu deferi os pedidos”, afirmou Serraglio.
Schimer é relator do processo no Conselho aberto contra João Paulo Cunha (PT-SP). Já Moroni cuida do caso de Vadão Gomes (PP-SP). O petista e o progressista foram acusados, pelas CPIs dos Correios e do Mensalão, de envolvimento no escândalo do mensalão. Os dois relatores alegam que só podem concluir seus pareceres depois de analisarem a documentação levantada pela CPI.
Reclamação dos deputados
Serraglio foi acionado ontem pelo presidente do Conselho de Ética, deputado Ricardo Izar (PTB-SP), que falou da reclamação dos deputados. Segundo Schirmer, de toda a relação de documentos em poder da CPI e requerida por ele, apenas os que se referem às contas dos telefones utilizados por João Paulo Cunha fazem parte da lista de documentos sigilosos.
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“Os demais são de conhecimento público, que estão à disposição na CPI. Não dá para entender a argumentação da Mesa do Senado de a remessa de todos os documentos seria quebra de sigilo”, afirmou o peemedebista.
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