O candidato a governador de São Paulo José Serra (PSDB) negou que a carta aberta divulgada quinta-feira pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso tenha deflagrado uma crise no partido e disse concordar "no atacado" com FHC. "No atacado, a carta é muito boa porque mostra os aspectos essenciais do governo Lula, as diferenças com o PSDB, com seus dirigentes, com os candidatos do partido, inclusive entre Lula e Alckmin", afirmou Serra.
O ex-prefeito paulistano tentou minimizar as declarações do senador Eduardo Azeredo, que classificou como uma “deslealdade partidária” a afirmação de FHC de que o partido errou ao “tapar o sol com a peneira” no caso do caixa dois tucano em Minas Gerais. "Eu não vou me manifestar a este respeito. Estou focado para disputar a eleição aqui, e as análises a respeito do passado a gente vai fazer depois. Posso dizer que o Eduardo Azeredo era, é e continuará sendo um homem muito íntegro", disse o candidato.
Perguntado sobre a possibilidade de uma aliança entre PT e PSDB no futuro, Serra disse que não vai avaliar nada agora. "Isso daí é uma estratégia do PT para ganhar mais votos agora", disse o candidato, durante caminhada no município de Praia Grande no litoral paulista.
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"Vamos conversar sobre o futuro como se déssemos de barato que eles (PT) estariam ganhando, o que absolutamente ainda não está concluído. Nós temos ainda três semanas até a eleição", afirmou o ex-prefeito, acrescentando que a pesquisa de ontem mostrou uma redução na vantagem de Lula sobre Alckmin. "Vamos continuar nesta batalha. Ficar discutindo o depois é uma maneira de pôr água no moinho do PT".
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