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Fontes com acesso às investigações afirmam que o ex-executivo, preso em fevereiro por suspeitas de envolvimento na Lava Jato, dirá que Cabral tinha o costume de cobrar da empreiteira o pagamento de 5% do valor total dos contratos das obras. Nas planilhas apreendidas pela Polícia Federal na residência de Benedicto Barbosa da Silva Júnior, em março, o nome de Cabral aparece com o apelido “Proximus”.
Os documentos indicam que o ex-governador recebeu cinco pagamentos de R$ 500 mil, totalizando R$ 2,5 milhões pelas obras da linha 4 metrô. Já a reforma do Maracanã foi inicialmente orçada em R$ 720 milhões, mas o custo final foi de R$ 1,2 bilhão.
Os relatos da Odebrecht coincidem com os depoimentos de outros dois ex-executivos da empresa Andrade Gutierrez. No final do mês de março, Rogério Nora de Sá e Clóvis Peixoto Primo disseram aos investigadores que Cabral exigiu 5% do valor total do contrato para permitir que a empresa se associasse à Odebrecht e à Delta no consórcio responsável pela reforma do estádio.
Por meio de nota, Sérgio Cabral informou que manteve “relações institucionais” com a Odebrecht, e manifesta “indignação e repúdio ao envolvimento de seu nome com qualquer ilicitude”. O ex-governador ainda afirmou que conhece Benedicto Barbosa da Silva Júnior, com quem se relacionou apenas de forma “institucional”.
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