Depondo há mais de uma hora na CPI dos Correios, o ex-secretário de Comunicação do PT Marcelo Sereno rechaçou, com veemência, que tenha influenciado decisões do fundo Prece. Ele está sendo interrogado pelo sub-relator de Fundos de Pensão, Antônio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA), sobre indicações políticas de diretores dos fundos de pensão Nucleos e Prece.
Sereno afirmou há pouco que não houve influência do governo de Benedita da Silva (PT) na Cedae (Companhia de Água do Estado do Rio de Janeiro) ou na escolha do Banco Santos como gestor do investimento do fundo de pensão dos servidores daquele órgão (Prece). Sereno confirmou que tenha sido nomeado para o Conselho de Administração da Cedae, posto que exerceu por cerca de cinco meses, porque na época, era secretário-executivo do governo de Benedita. Ele afirmou que nenhum assunto da Prece chegou a ser discutido enquanto fez parte do Conselho.
Segundo o sub-relator, o ano de 2002 foi o pior para o desempenho da Prece, que teve perda de 30% em seus investimentos, razão pela qual sofreu queda de 7% em seu patrimônio líquido. Embora tenha reconhecido que aquele foi um ano ruim para a economia brasileira, o deputado afirmou que a CPI inferiu má gestão dos recursos.
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Sereno respondeu que nunca tomou conhecimento das decisões da Prece, pois suas responsabilidades e tarefas no governo eram muitas, mas não relacionadas à Cedae.
Pororoca
O ex-secretário de Comunicação petista atribuiu como falsas as denúncias feitas pelo especulador financeiro Alexandre Athayde, segundo as quais ele, Sereno, seria o contato do empresário Haroldo Almeida Rego Filho, conhecido como Pororoca, com o governo federal, a fim de favorecê-lo. Sereno classificou a acusação como fruto de um “problema claro” que Athayde teria com a família, especialmente com Haroldo, por causa de um investimento frustrado.
O depoimento prossegue na sala 19 da ala Alexandre Costa, no Senado.
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