A Copa do Mundo segue a pleno vapor, apesar de tudo. Aliás, o evento tem enfrentado até muito menos problemas do que se poderia esperar, diante de tudo o que aconteceu antes, com atrasos nas obras, denúncias de superfaturamento e protestos nas ruas. Ainda há muito futebol pela frente, pois entramos agora apenas na segunda das quatro semanas do campeonato, que só termina em 13 de julho, com a grande final no Maracanã.
As polêmicas que envolvem o Mundial de 2014 logo ficarão para trás. Será, então, a história que julgará quem tinha razão: se o governo, que assumiu a responsabilidade de gastar quase R$ 20 bilhões com o futebol, ou aqueles que condenam essa “inversão das prioridades” do País e defendem que o dinheiro seria mais bem gasto em saúde, educação, transporte e outros benefícios que melhorariam a vida da população brasileira.
O fato é que a Copa em breve será passado, mas também será para sempre tema de debates e –por que não – até de questões de concursos públicos. Ao fim e ao cabo, ela terá pelo menos uma utilidade: pode evitar que se repitam, já com as Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016, os muitos erros cometidos pelo governo brasileiro com o Mundial de 2014, em matéria de gestão e aplicação do dinheiro público, como já ficou mais do que comprovado. O julgamento histórico começa já nas urnas das eleições marcadas para outubro próximo.
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Para os concurseiros e concurseiras, este é um ano atípico, como ocorre sempre que há, a cada quatro anos, eleições majoritárias no País, para escolha de deputados, senadores, governadores, presidente e vice-presidente da República. E 2014 é mais atípico ainda por coincidir com a Copa do Mundo, que também se repete a cada 48 meses. Para tornar tudo ainda mais confuso, desta vez o campeonato é no Brasil, depois de 64 anos da malfadada Copa de 1950, que perdemos no Maracanã para o Uruguai. Essas coincidências exigem atenção. Se você que me lê quer que o ano seja realmente marcante em sua vida, em matéria de concurso público, em vez de mais um “Maracanazo” como o do Brasil de 1950, deve ter muito cuidado. Evite que toda essa confusão na vida do País, provocada pelos eventos político e esportivo, tão próximos no calendário e que mexem com o emocional dos brasileiros, atrapalhem sua rotina de estudos e desviem o foco da preparação pela qual você deve passar nos próximos meses.
Depois da Copa do Mundo, estaremos já no segundo mês do último semestre do ano. Portanto, restarão menos de seis meses para o concurseiro marcar o seu gol na “copa dos concursos públicos”. Cada minuto é precioso nessa corrida em direção ao tão sonhado cargo público. Quem não conseguiu nada no primeiro semestre, terá oportunidade de fechar o ano com a aprovação na mão e possível nomeação logo no início de 2015. Do contrário, em janeiro do ano que vem terá de começar tudo de novo, sonhando com o emprego que pode mudar sua vida. Esses poucos meses que restam de 2014 passam rápido, principalmente quando se tenta alcançar uma meta que é cobiçada por outros milhares de concorrentes.
Desse modo, caro leitor e concurseiro ou concurseira, se você é um daqueles que deram uma desacelerada – ou mesmo uma “paradinha”, como aquela da cobrança do pênalti –, pensando que seria capaz de dar um drible nos concorrentes, sinto dizer: ledo engano. Conheço muitos desses concorrentes que não deram chance ao azar e mantiveram o ritmo durante a Copa, sem nem sequer tirar o olho dos livros, mesmo nos dias de jogo do Brasil. Para você que preferiu “entrar no clima da Copa”, este segundo semestre tem de ser de recuperação do tempo perdido. Felizmente, oportunidades não vão faltar. Basta dar uma olhada nos concursos que vêm por aí:
1. Sedest – 200 vagas, mais cadastro de reserva, para cargos de nível médio e superior;
2. Bombeiros/DF – 779 vagas para cargos de nível superior;
3. Sesipe – 1,1 mil vagas para cargos de nível superior;
4. Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) – 317 vagas, mais cadastro de reserva, para cargos de delegado, papiloscopista e perito médico-legista;
5. Secretaria de Educação do DF – 50 vagas para o cargo de orientador educacional;
6. Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) – 143 vagas para cargos de nível médio e superior;
7. Departamento de Polícia Federal – 600 vagas para cargos de nível superior;
8. Hospital das Forças Armadas – 325 vagas para cargos de nível médio e superior;
9. Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) – 68 vagas para cargos de nível superior;
10. Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) – 140 vagas para cargos de nível superior;
11. Instituto Nacional de Meteorologia – 80 vagas;
12. Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO) – 80 vagas para cargos de nível médio e superior;
13. Agência Espacial Brasileira (AEB) – 66 vagas para cargos de nível médio e superior;
14. INSS – 2 mil vagas para o cargo de técnico;
15. Ministério da Saúde – 300 vagas para o cargo de agente administrativo;
16. Ministério do Meio Ambiente – 100 vagas para o cargo de agente administrativo;
17. Polícia Rodoviária Federal – 1,5 mil vagas para o cargo de policial;
18. ABIN – 470 vagas para cargos de nível médio e superior;
19. Ministério do Trabalho e Emprego – 800 vagas para o cargo de auditor do trabalho e 100 para o cargo de analista;
20. Advocacia-Geral da União – 332 vagas para o cargo de advogado da União;
21. Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional – 250 vagas para o cargo de procurador;
22. Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN) – vagas para cargos de nível médio e superior;
23. PPGG (Carreira Políticas Públicas e Gestão Governamental) do GDF – 2 mil vagas, para qualquer formação.
Em resumo, são nada menos do que 11.640 vagas confirmadas somente nesses 23 concursos, para profissionais com formação de nível médio e superior, fora cadastro de reserva em dois deles, Sedest e PCDF. Veja que me refiro apenas aos concursos federais. Se entrarem na conta certames dos estados e municípios, os números sobem muito, e não dá para listá-los neste artigo. Uma coisa é certa: quem estuda para concurso com seriedade e determinação pode disputar qualquer seleção do mesmo nível, com as devidas adaptações.
Amigos, não dá para brincar nunca, sobretudo a partir de agora. Para vocês, concurseiras e concurseiros que querem realmente se tornar servidores públicos em 2014, é bom que a Copa acabe já. Feriado, nem pensar! Sábado e domingo, muito menos! Não esperem que a bola pare de rolar para mergulhar fundo nos estudos. Esqueçam eleição – menos no dia da votação, é claro. Concurseiro que é concurseiro retorna para o cursinho ou seu canto de estudos, esquece festa ou comemoração pela vitória do seu candidato ou partido, porque isso não leva a nada. Emprego público não dá em árvore, e quem avisa amigo é: se não estudar, não vai passar. Isso parece até refrão de samba-enredo, mas não dá samba, e sim muito chororô e ai-meu-Deus!, quando sai a relação de aprovados.
Pode ser até que você que está estudando para concurso desde o início do ano esteja um pouco cansado e tenha precisado de um tempo para relaxar e recuperar as energias. Resolveu, então, aproveitar a primeira semana da Copa para curtir a festa, a badalação, o oba-oba (cá entre nós, às vezes até exagerado e muito chato) e dar uma pausa. Mas eu aviso: chega! Não perca mais tempo, se não o bicho vai pegar… você!
O segundo semestre já começou para quem encara o desafio do concurso público. Não adianta reclamar de cansaço, da cobrança dos professores, do mau humor dos colegas, da chatice das aulas. Não adianta gemer, nem chorar. Ou você cai de cabeça nessa empreitada, ou não vai passar. Em compensação, se você se dedicar pra valer, será aprovado, e todo esse sacrifício se tornará apenas uma lembrança, quando, finalmente, você tomar posse no seu feliz cargo novo!
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