Um dia depois do governo anunciar que pretende reajustar o mínimo em R$ 25 no próximo ano, senadores sinalizaram que pretendem pressionar por um aumento maior. O petista Paulo Paím (PT) e o pefelista Heráclito Fortes (PI) disseram hoje (1), na tribuna do Senado, que vão brigar para passar o salário dos atuais R$ 350 para R$ 400 a partir de maio.
A proposta orçamentária que foi encaminhada pelo governo ontem (31) ao Congresso propõe apenas o reajuste previsto em lei, que engloba a inflação e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) per capta.
Paim, presidente da comissão especial que estuda soluções para a recuperação do mínimo, discorda do argumento de que um maior reajuste resultaria em elevação da carga tributária e disse que vai mobilizar o Congresso em torno dos R$ 400.
"Este ano não será diferente. Se eu conheço bem a Casa e a Comissão do Orçamento, e com os debates que vamos fazer com a sociedade, o salário mínimo não ficará abaixo de R$ 400", previu.
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Fortes, um dos coordenadores da campanha do candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, lembrou que Lula, na campanha de 2002, prometeu dobrar o valor do mínimo, na época em R$ 200.
"O presidente já sai agora devendo isso para os trabalhadores", salientou Heráclito. Para o pefelista, as dificuldades financeiras do governo não estão relacionadas ao mínimo, mas a problemas administrativos e de má gestão.
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