A Ordem do Dia de hoje no plenário do Senado quase registrou um confronto físico entre dois senadores. Trocando insultos na tribuna, os senadores Mário Couto (PSDB-PA) e Gilvam Borges (PMDB-AP) quase foram às vias de fato ao discordar da condução dos debates sobre os cartões de crédito corporativos do governo federal.
Ao responder às críticas do senador Gilvam Borges, Mário Couto disse que o seu colega tinha que respeitar a oposição. Couto se referia ao fato de que Gilvan havia chamado a oposição de “irresponsável”.
Depois de discursar, Couto desceu da tribuna e, com o dedo em riste e dirigindo-se a Gilvam, afirmou que o peemedebista é "safado". Foi quando o senador do Amapá perdeu o controle, chamando o tucano de "vagabundo" e empurrou Mário Couto, dizendo que amanhã daria a resposta na tribuna. "Amanhã a máscara cai, acabou a palhaçada", disse Gilvam, em referência a supostos documentos que irá apresentar nesta sexta-feira. A senadora Kátia Abreu (DEM-TO) apartou os parlamentares exaltados, recebendo em seguida a ajuda do senador Demóstenes Torres (DEM-GO) .
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"Olhei para os lados e não tinha nenhum senador. E falei: vai ter de ser eu mesma…", afirmou Kátia.
Depois do episódio, Couto falou com os jornalistas. “O senador Gilvam Borges é mestre em jogar galhofas, piadas, e isso não é de hoje. Ele foi novamente à tribuna chamar a oposição de irresponsável”, acusou o tucano, dizendo que episódios como esse “não podem acontecer aqui no Senado”.
Ele questionou o fato de Gilvam ter pedido para a oposição “se calar” e deixar de falar dos cartões corporativos. “Isso é um incômodo dele? É um dever nosso, como oposição, falar sobre esses assuntos”.
Para Couto, a agressão de Gilvam Borges não foi pessoal. “Mas é um desrespeito não a mim, mas a todos os senadores de oposição. Ele tem de entender que cada senador tem o direito adquirido, concedido pelo povo”.
Por sua vez, Gilvam Borges saiu do plenário sem conversar com os jornalistas.
Lamentos
O líder do DEM, José Agripino (RN), lamentou o episódio. "São fatos que acontecem que a gente lamenta, mas não são aceitáveis", opinou o senador, ponderando em seguida. "Mas os ânimos já estão serenados, a vida continua."
Agripino negou, entretanto, que o contratempo tenha sido movido pelo calor das discussões acerca da CPI dos Cartões. "Isso não tem a ver com a CPI. As pessoas ficam nervosas", minimizou, embora o cerne do desentendimento tenha mesmo sido a questão dos cartões corporativos. (Fábio Góis)
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