A embaixada brasileira em Bagdá, desativada desde a Guerra do Golfo em 1991, será reaberta assim que for possível. O anúncio foi feito pelo novo embaixador do Brasil no Iraque, Bernardo de Azevedo Brito. O nome do embaixador foi aprovado hoje na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) do Senado, mas ainda precisa ser ratificado no Plenário.
O novo embaixador tratou de analisar quais os problemas que irá enfrentar à frente do cargo. "Após as eleições de 15 de dezembro, procura-se compor um governo que deverá incluir os xiitas e os curdos, sem deixar de lado os sunitas. Caso contrário, será uma receita para uma continuada situação de instabilidade e insegurança", observou Brito, que chefiou por um ano o escritório de Representação do Brasil em Ramallah, na Palestina. Inicialmente, Brito ficará entre o Bagdá e a capital da Jordânia, Amã, onde se encontra o Núcleo de Assuntos Iraquianos.
Brito pretende reativar o comércio entre Brasil e Iraque, que foi bem intenso nas décadas de 70 e 80. Segundo ele, há interesse das duas partes em retomar negócios que, a seu ver, têm "grandes perspectivas". Ele recordou que o Brasil já chegou a exportar mais de US$ 800 milhões anuais para o Iraque, país que detém a segunda maior reserva de petróleo do mundo.
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A comissão também aprovou parecer favorável à indicação de Paulo Dyrceu Pinheiro para o cargo de embaixador do Brasil junto ao Catar, no Oriente Médio. O Catar tem uma renda per capita anual superior a US$ 30 mil, uma das mais altas do mundo.
A comissão também aprovou requerimento do senador Heráclito Fortes (PFL-PI) para convidar o embaixador brasileiro na Tunísia, Sérgio Teles, para comparecer à comissão a fim de prestar informações a respeito do desaparecimento, no Iraque, do engenheiro brasileiro João José Vasconcellos. O sumiço do engenheiro vai completar um ano em breve.
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