A representação contra a presidenta será apresentada pelos senadores Randolfe Rodrigues (Psol-AP), Pedro Simon (PMDB-RS), Cristovam Buarque (PDT-DF), Ana Amélia (PP-RS) e Rodrigo Rollemberg (PSB-DF). Caberá ao procurador-geral, Rodrigo Janot, decidir se leva as investigações adiante.
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Em outra frente, no Congresso, os cinco parlamentares defendem a instalação de uma CPI mista, composta por deputados e senadores, para apurar esta e outras denúncias envolvendo a estatal. “A maior defesa que se faz à Petrobras neste momento é investigar o que está acontecendo”, diz o senador Randolfe.
De acordo com reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, documentos até agora inéditos revelam que Dilma votou favoravelmente, em 2006, à compra de 50% da polêmica refinaria de Pasadena. Mas, ao justificar a decisão ao jornal, ela disse que só apoiou a medida porque recebeu “informações incompletas” de um parecer “técnica e juridicamente falho”.
Sob investigação
A negociação é investigada pela Polícia Federal, pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e pelo Ministério Público Federal, que suspeitam de superfaturamento e evasão de divisas. Sob o comando de Dilma, o conselho da Petrobras autorizou, oito anos atrás, a compra de 50% da refinaria por US$ 360 milhões. Por causa de cláusulas de contrato, a estatal foi obrigada a ficar com 100% da unidade, tendo de desembolsar US$ 1,18 bilhão (cerca de R$ 2,76 bilhões hoje) – quase quatro vezes mais do que o valor previsto inicialmente.
Para os senadores, ainda que se trate apenas de incompetência de gestão, Dilma deu aval a um desmando e precisa esclarecer como isso ocorreu. Um dos diretores que participaram do relatório apontado como “falho” pela presidenta foi preso ontem (20) pela Polícia Federal, em meio a investigações da Operação Lava-Jato, que apura lavagem de dinheiro. O ex-diretor é alvo de uma investigação que corre no Ministério Público Federal no Rio sobre a negociação da refinaria.
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