Rodolfo Torres
O ministro da Educação, Fernando Haddad, será chamado pelo Senado para dar explicações sobre o vazamento da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O exame, que foi cancelado na madrugada desta quinta-feira (1º), seria realizado neste fim de semana. A expectativa é de que a nova prova seja aplicada em 45 dias.
Entre aqui para conferir as provas anuladas pelo MEC.
O presidente da Comissão de Educação do Senado, Flávio Arns (PSDB-PR), destacou que já entrou em contato com Haddad. O parlamentar ressaltou que apoia a decisão do ministério de cancelar a avaliação e que espera uma definição dele sobre a data para a audiência.
A Polícia Federal (PF) abriu inquérito para apurar o vazamento da prova. Segundo Haddad, as investigações se concentrarão em São Paulo.
O ministro cancelou o exame após tomar conhecimento de uma reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, que apontava questões que seriam aplicadas aos 4 milhões de candidatos. O periódico paulistano denunciou que foi procurado por um homem que afirmava ter as provas. De acordo com o jornal, esse homem queria vender o material por R$ 500 mil.
Por meio de nota oficial, o Ministério da Educação afirmou que a divulgação dos resultados do Enem “deve sofrer atraso de um mês”.
Confira a íntegra da nota do Ministério da Educação
O Ministério da Educação informa que as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), marcadas para este fim de semana, foram adiadas por motivos de segurança.
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) já tem uma segunda prova e deve anunciar a nova data do exame nos próximos dias, depois de reorganizar a logística de aplicação.
O Ministério da Educação já tomou providências junto ao Ministério da Justiça e à Polícia Federal no sentido de apurar eventuais responsabilidades criminais relativas ao vazamento.
Os estudantes inscritos serão comunicados oportunamente, pelos meios habituais, sobre a confirmação da nova data e do local das provas.
Em razão do adiamento, a divulgação do resultado final das provas, inicialmente prevista para 8 de janeiro, deve sofrer atraso de um mês, aproximadamente.
O Ministério da Educação trabalha para minimizar os efeitos do atraso.
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