O primeiro a falar foi o ex-presidente Sarney, que convocou a Assembleia Constituinte. A Constituição brasileira foi promulgada em 5 de outubro de 1988, após um ano e oito meses de trabalhos. “A Constituição de qualquer país é um pacto que faz a nação colocar num texto os seus direitos e seus deveres”, destacou Sarney.
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“Temos o que comemorar? Sim! Não tivemos uma prontidão militar nesses 25 anos. E ela assegurou a democracia que nós vivemos, a liberdade política que nós desfrutamos”, complementou.
Por sua vez, Lula afirmou que o PT não assinou a Constituição porque o partido tinha um projeto específico de Constituição e de regimento interno. “Tínhamos só 16 deputados, mas agíamos como se tivéssemos 470”, afirmou Lula, destacando que se a Constituição do PT tivesse sido aprovada, ele teria mais dificuldade para governar o país.
“Avacalhar”
Lula aproveitou para exaltar a atividade política como expoente máximo da democracia e alfinetar a imprensa. “Na história deste país, se a juventude lesse a biografia do Getúlio [Vargas], do Juscelino Kubitschek, e lesse outras biografias, possivelmente as pessoas não iriam desprezar a política nem muito menos a imprensa iria avacalhar a política como se faz hoje”, disparou Lula. “O que aparece sempre quando se nega a política é um grupo ou uma pessoa praticando a ditadura”, reforçou.
PublicidadeAinda foram homenageados políticos que atuaram na elaboração da Carta Magna, como o atual vice-presidente da República e presidente do PMDB, Michel Temer, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal e ex-deputado Nelson Jobim e o ex-senador e relator da constituinte, Bernardo Cabral.
Dentre os senadores que foram agraciados com a medalha por terem atuado na constituinte, estão os tucanos Aécio Neves (MG), Alvaro Dias (PR) e Cássio Cunha Lima (PB), Inácio Arruda (PCdoB-CE) e Paulo Paim (PT-RS). A comenda foi instituída por iniciativa de um projeto do senador Vital do Rêgo (PMDB-PB).
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