Fábio Góis
O Senado formalizou nesta terça-feira (26) o afastamento da servidora Denise Ortega de Baère, que estava há 16 anos à frente da Secretaria de Taquigrafia do Senado (STAQ). Assinado pela diretora-geral, Doris Marize Peixoto, o ato de dispensa (4643/11) foi publicado 15 dias depois de a Casa ter anunciado o afastamento, como o Congresso em Foco adiantou em 12 de abril, com exclusividade.
Como mostrou a reportagem, Denise foi desligada do posto depois de ter comparecido ao Programa do Jô (Rede Globo), em 29 de março, quando levou uma servidora do serviço de taquigrafia para dar demonstrações da atividade, que consiste em registrar, por meio de símbolos, pronunciamentos diversos no âmbito institucional ? com a própria Denise disse à reportagem, com a autorização formal do Senado. A Secretaria de Comunicação (SECS), no entanto, disse não haver relação entre a dispensa e a ida de Denise ao programa, e que a remoção foi ?meramente administrativa?.
De acordo com a SECS, a demissão faz parte de uma ?adequação administrativa? imprimida pelo Senado e capitaneada pela nova diretora-geral da Casa. Ainda segundo a assessoria, ?não há novidade? no remanejamento de postos de chefia, até porque uma nova gestão administrativa está em curso sob o comando de Doris, ex-diretora de Recursos Humanos do Senado.
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Apesar de ter sido exonerada, Denise permanece nos quadros do Senado ? ela é servidora efetiva lotada como analista legislativa desde 25 de novembro de 1982. Denise recebia, além do salário, R$ 5.257,09 apenas para ocupar função comissionada número 4, como demonstra o ?quadro de pessoal e estrutura remuneratória? da Casa. Segundo boletim administrativo publicado hoje (terça, 26), cumpre-se o ato ?mantendo-a lotada no mesmo órgão, a partir de 12 de abril de 2011?, quando o Congresso em Foco veiculou a reportagem mencionada.
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