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Um senador só pode ser mantido em prisão se o Plenário referendar a ordem de prisão do Supremo, a exemplo do que ocorreu com o ex-líder do governo no Senado Delcídio do Amaral (MS). Em novembro, Delcídio não teve votos suficientes para reverter a decisão do STF e teve de passar quase três meses preso. Só deixou a prisão após fazer acordo de delação premiada.
De acordo com o Estadão, líderes partidários afirmam não ver gravidade que justifique a prisão de um parlamentar no conteúdo das gravações feitas pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado divulgadas até agora. Ainda conforme o jornal, senadores estão apreensivos com a possibilidade de novos pedidos de prisão a partir das revelações da delação premiada de Marcelo Odebrecht. Estima-se que mais de 30 dos 81 senadores sejam apontados como beneficiários de repasses ilegais pelo empreiteiro.
“Fizemos o pedido para ter acesso à delação e gravações do Sérgio Machado. O procurador-geral que prove que teve e qual foi o flagrante”, disse o líder do PSDB, senador Cássio Cunha Lima (PB). Para o tucano, não se trata de uma resposta institucional ou corporativista, mas de natureza constitucional.
“Eu queria cumprimentar vossa excelência pela serenidade, firmeza e senso de responsabilidade com que vossa excelência, ainda há pouco, se dirigiu à nação e a todos nós, seus colegas aqui no Senado”, afirmou em plenário o senador Jorge Viana (PT-AC).
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