O Senado aprovou em plenário nesta quarta-feira (24) as indicações de Elisabeth Alves da Silva Braga para diretoria da Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT) e de Charles Magno Beniz para diretor de Infraestrutura Ferroviária do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Com 44 votos favoráveis, oito votos contrários e duas abstenções, o nome de Elisabeth foi aprovado para assumir a diretoria. Com 51 anos, a diretora é graduada em ciências econômicas pela Universidade Centro de Ensino Unificado de Brasília (Uniceub). Com 32 anos de serviço público, Elisabeth é servidora de carreira do ciclo de gestão no cargo de Analista de Planejamento e Orçamento do quadro permanente do Ministério do Planejamento.
Charles recebeu parecer favorável de 45 senadores. Nove se posicionaram contra a indicação e dois registraram abstenções. Com 37 anos, Charles é graduado em engenharia civil pela Universidade Luterana do Brasil (Ulbra). Iniciou sua experiência no setor ferroviário em 2009, na função de engenheiro fiscal da Ferrovia Norte-Sul, exercida na Valec S.A. Desde maio deste ano, é gerente de Manutenção Ferroviária naquela estatal.
Durante a sabatina dos indicados, senadores dedicaram maior parte do tempo para cobrar do governo federal, do Dnit e a ANTT a finalização de obras que se arrastam por décadas. Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) citou como exemplo a ferrovia Transnordestina. Já o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) lembrou que a Ferrovia Norte-Sul começou no governo Sarney e até hoje não foi finalizada. Para comparar, ele lembrou que os chineses conseguiram concluir, após dois anos e sete meses de obra, uma ponte de 32 quilômetros mar adentro num porto de Xangai, na China.
Valdir Raupp (PMDB-RO), por sua vez, cobrou a duplicação da BR-364, entre as cidades de Comodoro e Porto Velho, por onde, segundo ele, circulam 1,2 mil carretas de soja por dia. Flexa Ribeiro (PSDB-PA) pediu prioridade para a Santarém-Cuiabá. E Ricardo Ferraço (PSDB-ES) questionou o fato de 90% do orçamento do Dnit serem destinados ao ramal rodoviário. Ele indagou se haveria necessidade de uma diretoria de Infraestrutura Ferroviária dentro do departamento. Ferraço lembrou que, na prática, a entidade tem atuação irrelevante no setor.
Charles Magno Beniz, admitiu a limitação da autarquia, que, segundo ele, tem se dedicado a atuar em projetos de contornos ferroviários, retirando as estradas de ferro de dentro de cidades. Ainda assim, segundo ele, muitas das obras estão paralisadas.
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