A quinze dias das eleições, a semana que se inicia deve ser esvaziada no Congresso. Os plenários terão, no máximo, discursos. As comissões não têm agenda de trabalho, nem mesmo a CPI dos Grampos, movimentada pelos noticiários das revistas a cada fim de semana. Senadores e deputados estarão nos estados apoiando suas campanhas ou a de aliados na corrida pelas prefeituras.
O maior destaque é a viagem de uma comitiva de deputados da Comissão de Relações Exteriores da Câmara à Bolívia. Eles querem ouvir representantes da base de apoio do presidente Evo Morales e da oposição.
O país vizinho está em conflito interno por causa da disputa pelos impostos da exploração do gás. A divergência é acrescida de problemas históricos entre a população de origem indígena, os mais pobres, e os não-indígenas, moradores das regiões mais ricas da Bolívia.
Segundo o presidente da Comissão de Relações Exteriores, deputado Marcondes Gadelha (PSB-PB), não se trata de interferir nos destinos dos bolivianos.
"A preocupação do presidente Lula com uma possível ingerência nos negócios internos de um país deve desaparecer neste momento e ceder lugar a uma concepção mais pragmática de que os bolivianos precisam de ajuda”, afirmou ele à Agência Câmara. “Não estamos forçando nada nem estamos nos oferecendo. Eu ouvi diversas vezes apelos de lideranças bolivianas pelo envolvimento do Brasil, que é o país mais confiável nessa história.”
Arte no Congresso
Por incrível que pareça, a arte é que é o destaque do Senado esta semana. De hoje (22) a domingo (28), a mostra de pinturas “Artistas brasileiros 2008: novos talentos” acontece no Salão Negro do Congresso. A visitação é aberta ao público, das 9h30 às 17h.
Na quarta-feira (24) e na quinta-feira, o espaço é da bossa nova. O grupo “Damas de Ouro” se apresenta na quarta. O “Sthel e banda”, na quinta. Ambos os espetáculos serão no auditório Antonio Carlos Magalhães, no Interlegis, às 19h. (Eduardo Militão)
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