O deputado Luiz Sérgio (RJ), líder do PT na Câmara, afirmou hoje (12) que o partido não vai criar obstáculos ao presidente Lula na reforma ministerial. O líder petista afirmou que o partido está disposto a abrir mão da indicação da ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy para acomodar os interesses dos outros partidos da coalizão.
“O PT deixou o presidente à vontade para fazer a reforma que ele achar conveniente, com ou sem a Marta no governo”, disse o parlamentar após reunião entre Lula e a cúpula petista no Palácio do Planalto.
"O PT apóia e continuará apoiando o presidente nas decisões que o presidente tomar. Se o presidente achar conveniente que nós tenhamos que perder espaço, nós vamos compreender e apoiar incondicionalmente o presidente da República na condução desse processo", complementou.
Conforme explica o repórter Tiago Pariz, do portal G1, na entrada da reunião, os petistas demonstraram a expectativa de ouvir qual será participação do PT no segundo mandato de Lula. Eles teriam até preparam uma lista com os nomes que gostariam de ver no primeiro escalão.
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“Nós vamos apresentar os nomes ao presidente para ele escolher o que achar melhor”, disse a vice-presidente do PT, deputada Maria do Rosário (RS).
A lista continha o nome de Marta, do deputado Walter Pinheiro, (para o Ministério do Desenvolvimento Agrário), e do ex-deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (para a Secretaria de Relações Institucionais).
"Se alguém tinha essa intenção de apresentar nomes, ficou inibido de apresentá-los ao presidente. Ele deixou muito claro que não tem pressa para fazer a reforma e que pretende ouvir novamente os partidos”, afirmou Luiz Sérgio.
De acordo com o parlamentar petista, a reforma será pequena e haverá apenas mudanças pontuais na equipe. Luiz Sérgio afirmou que mudanças nos ministérios da Justiça e do Desenvolvimento já foram contabilizadas porque os ministros Márcio Thomaz Bastos e Luiz Fernando Furlan, respectivamente, já anunciaram suas saídas.
“Quem estiver esperando uma mudança grande vai se frustrar”, ressaltou. Leia mais
José Antônio Toffoli assume AGU
O presidente Lula empossou hoje (12) o novo Advogado Geral da União. José Antonio Dias Toffoli substitui o ministro Álvaro Ribeiro da Costa na Advocacia Geral da União (AGU), órgão que tem status de ministério. A indicação de Toffoli segue-se à nomeação dos líderes do governo no Congresso e é um passo em direção à finalização da reforma ministerial.
Durante a cerimônia, Lula agradeceu e elogiou o trabalho do ex-ministro Álvaro Ribeiro da Costa, que, para o presidente, "era mais sério e mais duro do que o necessário para lidar com o cargo". De Toffoli, o presidente cobrou a defesa do governo e fez um alerta: "Você vai ter muito problema porque tem muita coisa dentro da categoria para ser resolvida."
Toffoli foi subsecretário de Assuntos Jurídicos da Casa Civil na gestão do ex-ministro José Dirceu. Ele é especialista em legislação eleitoral e atuou como advogado eleitoral do presidente Lula em 2006.
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Sem Lula, PT admite que 2010 será seu maior desafio
O Campo Majoritário do PT, corrente interna do partido integrada pelo ex-ministro José Dirceu, pelo presidente Lula, entre outros; apresentou hoje (12) um documento no qual admite que o partido enfrentará seu maior desafio em 2010, quando disputará uma eleição presidencial sem ter como candidato o presidente Lula. O partido disputou as cinco eleições presidenciais de sua história contando apenas com o candidato Lula.
"O PT sempre conviveu com duas frentes: o petismo e o lulismo. O petismo é uma determinada concepção política. E o lulismo é um grande fenômeno popular, de empatia e de enormes setores da sociedade. Em 2010, de alguma forma, esses dois fatores estarão desassociados", diz o texto entregue à direção do partido para ser apresentado no 3º Congresso do PT, em julho, informa a Agência Estado.
O documento do PT recomenda que sejam estudadas formas de articulação entre petismo e lulismo para dar continuidade ao governo Lula, além de propor que sejam vedados acordos eleitorais com o PSDB. "Propomos recusa expressa, pelo 3º Congresso, a eventuais alianças com o PSDB ou com qualquer outro partido neoliberal para a sucessão presidencial e eleições para os governos municipais e estaduais", diz o documento.
Na Jamaica, Chávez destaca “perigos” do etanol
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse hoje (12) na Jamaica que vai conversar com o presidente Lula sobre os "perigos" do etanol. "Temos um problema ético e ecológico", afirmou o líder venezuelano. "Nesse momento há um boom do etanol, mas acho que poucos conhecemos todos os detalhes deste projeto."
"O etanol é a salvação, segundo o presidente dos Estados Unidos, mas isso não é verdade. Peço ao Brasil e à Colômbia que utilizemos nossas terras para produzir alimentos para os 300 milhões de famintos da América Latina e Caribe", disse.
Chávez também afirmou que a região já conta com petróleo e gás para abastecer carros e botijões de cozinha, explica Marcia Carmo, da BBC Brasil. "O etanol seria alimento dos carros dos ricos", completou.
O venezuelano assinou acordos nas áreas de petróleo e gás com quatro países de América Latina e Caribe –Argentina, Bolívia, Nicarágua e Jamaica– durante a viagem que faz pela região.
Turbulência ameaça PIB da América Latina
O Brasil pode ter perdido o melhor momento internacional para crescer na década e terá de aprender agora a conviver com um cenário de volatilidade diante das incertezas sobre o futuro da economia americana e sua desaceleração, afirma reportagem publicada no jornal O Estado de S. Paulo.
Reunidos na sede do Banco de Compensações Internacionais (BIS), na Basiléia, representantes dos principais bancos centrais latino-americanos disseram estar preocupados com o impacto dos ajustes nos mercados financeiros internacionais no o crescimento da América Latina. Ontem (11), presidentes dos BCs das principais economias debateram os motivos do ajuste que está ocorrendo nos mercados.
‘A volatilidade é o nome do jogo hoje’, disse Martin Redrado, presidente do BC argentino. ‘Os Estados Unidos pegam um resfriado e nós to
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