Se você tem vivas na memória as imagens do quentíssimo encontro entre os presidenciáveis promovido dia 8 pela TV Bandeirantes e por acaso não viu o debate realizado hoje (19) à noite pelo SBT, procure imaginar mais ou menos o inverso do que ocorreu 11 dias atrás.
Restringidos pela regra do programa, que impedia ofensas pessoais e procurava estimular a discussão de idéias, os candidatos Lula (PT) e Alckmin (PSDB) enfrentaram-se no SBT num clima de respeito mútuo, deixando de lado as trocas de acusações para se concentrar na avaliação do que cada um fez como gestor público (na Presidência da República e no governo de São Paulo) e no debate de propostas de ação.
Ao longo de 90 minutos, Lula ressaltou as realizações do seu governo, prometeu fazer mais em um eventual segundo mandato e procurou explorar aspectos que considera incoerentes no discurso do seu adversário. Já Alckmin manteve o tom de crítica à administração petista, mas de modo bem mais suave que o adotado na Band, e sempre tentando pôr em destaque três compromissos básicos: com a ética, o crescimento econômico e a melhoria da gestão.
Alckmin, portanto, não mostrou a agressividade que exibiu no debate da Bandeirantes e demonstrou maior disposição para discutir políticas públicas. Lula, mais firme que no programa da outra emissora, usou várias vezes da ironia para questionar propostas do tucano e enfatizar que nem ele, no governo paulista, nem o PSDB, no governo federal, foram capazes de colocar em prática aquilo que Alckmin agora sugere.
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