Rodolfo Torres
O governo e representantes dos aposentados não chegaram a um acordo nesta quarta-feira (12) sobre o percentual de reajuste, a ser implantado a partir do próximo ano, para os dependentes da Previdência Social que ganham acima de um salário mínimo. Novo encontro está marcado para a terça-feira (18) da próxima semana.
A proposta do governo, que não foi aceita pelos aposentados, é substituir quatro projetos de interesse da categoria, que atualmente tramitam no Congresso, por um substitutivo (texto completamente modificado) global. Em troca, os aposentados aceitariam um reajuste, que ainda não foi definido pelo Executivo.
Os projetos que o governo quer reunir em um único texto são: PL 01/07, que concede aos aposentados o mesmo sistema de reajuste para o salário mínimo; PL 4434/08, que trata do índice de correção das aposentadorias; PL 3299/08, que modifica o fator previdenciário; e um veto presidencial ao projeto que em 2006 reajustou o salário mínimo em 16,67%, sem repassar esse percentual aos aposentados.
De acordo com o deputado Pepe Vargas (PT-RS), que participou da reunião, o aumento oferecido aos aposentados será acima do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Para o petista, apesar da dificuldade das negociações, “não há um clima de impasse” entre os dois lados.
A Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap) e a Federação dos Aposentados e Pensionistas do Estado de São Paulo afirmam que a retirada do PL 4434 é “inegociável”. “Vamos fazer nova vigília no Congresso”, afirmou Antônio Alves, presidente da Federação Paulista de Aposentados, lembrado que a participação dos interessados nesse momento é fundamental.
Além do deputado Pepe Vargas e dos representantes dos aposentados, também participaram do encontro de hoje os ministros da Previdência, José Pimentel, e da Secretaria Geral da Presidência, Luiz Dulci; o líder do governo na Câmara, Henrique Fontana (PT-RS), e dirigentes das centrais sindicais.
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