Rodolfo Torres e Mário Coelho
Seguranças da Câmara tiveram há pouco muito trabalho para evitar a invasão de dezenas de policiais e bombeiros militares na Câmara. Essas categorias são diretamente interessadas na aprovação da PEC 300. O empurra-empurra ocorreu num dos corredores de acesso ao Salão Verde da Casa, onde está a porta do plenário.
Os seguranças cumpriam ordens do primeiro-vice presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), para não permitir que eles tivessem acesso às galerias e ao Salão Verde.
Um pouco antes, o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), foi cercado pelos profissionais da segurança pública ao passar pelo local. Ele se reuniu com líderes das categorias e, após o encontro, chegou a ser hostilizado no trajeto até o plenário.
“Eles estavam gritando lá fora. Eu passei entre eles. Não houve nenhuma agressão física comigo. Eu fui falar com eles porque eu acho que, aqui na Câmara, uma autoridade não pode se acovardar. Eles estavam exaltados e eu fui dizer qual era a posição do governo”, disse Vaccarezza, de acordo com a Agência Câmara.
Há meses, eles semanalmente cobram a votação da PEC, que cria o piso salarial provisório a policiais e bombeiros militares nos valores de R$ 3,5 mil e R$ 7 mil – para praças e oficiais, respectivamente.
Em plenário, Vaccarezza destacou que o presidente da Casa, Michel Temer (PMDB-SP), quer participar da votação dessa PEC. O peemedebista está na Europa, em viagem oficial. De acordo com Vaccarezza, a matéria pode entrar na pauta da Câmara na próxima semana.
O governo teme o impacto bilionário da proposta e exige que o piso e o fundo para tornar possível o reajuste seja votado por meio de lei complementar. Em plenário, deputados criticaram a forma de cobrança da votação da matéria pelos profissionais de segurança.
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