Reportagem publicada hoje (5) pela Folha de S. Paulo mostra que dois seguranças da equipe que protege a família do presidente Lula em São Bernardo do Campo (SP) gastaram R$ 149,2 mil com cartões de crédito corporativos do governo nos últimos três meses.
De acordo com os repórteres Leila Suwwan e Silvio Navarro, além de despesas com manutenção de veículos e materiais de construção, os seguranças pagaram contas de churrascaria, magazines, lavanderia e até construíram e equiparam academia de ginástica privativa.
Segundo o Decreto 5.355/05, o cartão corporativo deve ser usado para compras “emergenciais”, “pagamento das despesas realizadas com compra de material, prestação de serviços e diárias em viagens”.
Matéria publicada ontem pela Folha havia mostrado que um segurança gastou R$ 55 mil nos últimos nove meses com cartão corporativo em Florianópolis, onde mora Lurian, filha de Lula (leia mais).
O chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Jorge Félix, afirma que os gastos desses funcionários são sigilosos e, por isso, não deveriam estar no Portal da Transparência, da Controladoria Geral da União.
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Conforme o jornal paulista, a lista de compras feitas pelos seguranças da família do presidente inclui ainda supermercados, material esportivo, lojas de eletrônicos, artesanato, roupas, informática, foto e papelaria.
"Parece que o uso cartão corporativo se transformou numa espécie mensalinho para alguns privilegiados do governo", disse o líder do DEM no Senado, José Agripino (RN). A oposição corre atrás de assinaturas para a instalação de uma CPI para investigar o uso dos cartões corporativos do governo. O autor do requerimento é o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP). (Edson Sardinha)
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